quinta-feira, 27 de maio de 2010
Da verdade dos outros
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Dias diferentes, novo trabalho, vida nova
Hoje não apetece escrever, pela acédia, e também porque cansa ver que as questões primevas não têm solução. Esta falta de cultura de oposição, o desleixo em protestar porque se segue o caminho mais fácil, causa desânimo.
A consultar; a leitura não é um caminho da facilidade ou de fomento da idiotia para alcançar uma falsa felicidade terrena.
Cada vez está mais difícil a leitura. A internet e o cinema distraem cada vez mais por não implicarem esforço. Nestes dias de cansaço apetece é não fazer nada. Como dizia o poeta, ai que prazer ter um livro para ler e não o fazer (cito de memória, mal, o Pessoa).
terça-feira, 18 de maio de 2010
O estado das coisas, por cá.
Alvão
Grande discurso de Cavaco Silva, como já nos tem habituado. Não o ouvi ontem, na comunicação ao país, apenas o li hoje no sitio da presidência. Tudo nos empurra para a rama das coisas. Os assuntos não são debatidos com ponderação e seriedade; das ideias o que importa não é o seu significado mas as reacções dos comentadores políticos de serviço ou as entrevistas em tempo real ao cidadão comum, sentir o "pulsar" à opinião pública. Não interessam as razões da promulgação (o evitar o desgaste das energias nacionais num tema que, embora seja importante em termos teóricos, apenas contenta alguns), apenas interessa "esmiuçar" o duplo ou triplo sentido do que foi dito. Quem não se apercebe da verdadeira realidades do país arrisca-se a que decidam por si. Não se trata apenas do aumento dos impostos, sempre nos de rendimento mais baixo, porque são fontes de receita garantidas, do desemprego que aumenta, da perda de soberania e identidade com o nascimento de portugueses na nossa vizinha Espanha, a troco da poupança de uns miseros euros (é evidente que a questão politica não é a poupança mas sim a "segurança" do parir, como se o parir não fosse o acto mais natural do mundo, sendo necessário existirem todo o tipo de equipamentos na sala de partos, não vá o diabo tecê-las...), mas da desilusão que grassa a nível nacional com o desencanto de quem vive espoliado de uma parte do seu trabalho sem ver os frutos devidos.
A sua chamada de atenção:
Os Portugueses recordam-se, certamente, de que na minha mensagem de Ano Novo alertei para o momento muito difícil em que Portugal se encontra e disse mesmo que podíamos “caminhar para uma situação explosiva”. E disse também que não é tempo de inventarmos desculpas para adiar a resolução dos problemas concretos dos Portugueses.
concerteza não foi entendida na sua essência. Aproximam-se tempos explosivos.
Quanto ao assunto, em si, o casamento gay, prefiro não comentar, de tão irrelevante que é o assunto. Que sejam felizes.
Em contraste, a entrevista do nosso primeiro foi do mais confrangedor e comezinho que se possa imaginar. Entrevistadores sem coragem para perguntar o essencial; um 1º ministro a tentar vender uma ideia de Portugal na linha da frente em termos tecnológicos, chutando os problemas essencias do país para segundo plano. Enfim, aguardemos dias melhores no futuro (a longo prazo) porque os dias que se avizinham são de miséria.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Gerês, próximo da Portela do Homem
Cedo percebi que os pregadores-pelo menos os que a intuição me dizia serem dignos desse nome-, aos conceitos profundos sobre os temas sagrados preferiam os problemas terrenos, naturalmente os predilectos do comum dos mortais, não evitando com frequência as críticas, mal veladas ou deliberadamente transparentes, aos costume e abusos dos poderosos, à fraca licenciosidade de uns e à detestável hipocrisia de outros, apostrafando com violência os culpados dos males da nossa sociedade, e fazendo-o de tal forma aguda e perspicaz, algo imprevista na sua qualidade de homens recolhidos e meditativos-alguns deles, em todo o caso, broncos e malévolos como os mestres que me haviam destinado-, que mais pareciam politicos defendendo partidos do que representantes de Deus sobre a Terra, como todos, aliás, se consideravam.
Évora e os dias da guerra, Mário Ventura
Ah!, e o Benfica é campeão, que esquecimento o meu. Imperdoável.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Coisas da Sábado
Chaves, à noite
A notícia de hoje (caso passado na sexta-feira, mas só hoje veio a publico) foi o nosso imperdível Ricardo, o Rodrigues, a acabar o dia em beleza. Não gostando do aperto da Sábado toma medidas mais drásticas e zás, gravador ao bolso...
Se pega moda, a desculpa dada de "violência psicológica" sofrida servirá para justificar tudo. Julgo que uma entrevista é feita com consentimento e acordo do entrevistado, não podendo ser considerado um interrogatório. A qualquer momento podia ter interrompido a entrevista, mas como gostam do espectáculo e esperam sempre condicionar os jornalistas estas situações descambam para o ridiculo. E vai providência cautelar, vamos confundir ainda mais as coisas. A justificação de Assis também não fica atrás: Tratou-se de um «gesto que qualquer um de nós podia ter num momento de reacção a quente e dominado por um sentimento de profunda indignação pelo tipo de interrogatório a que estava a ser sujeito», reforçou, defendendo que «ninguém pode ser avaliado por uma reacção a quente num determinado momento» (TSF). Enfim...
O pai da LSA faz anos.
Dias diferentes se aproximam.